quinta-feira, abril 12, 2007

Porque a política?

entre o excessivo interesse sobre a licenciatura socrática (que me lembra que é melhor ir inscrever-me na Ordem Farmacêuticos - para ter um cartão a dizer que não exerço... e menos 25 eur (?) no fim do mês - não vão um dia dizer que escrevo "farmacêutica" em vez de "licenciada em ciências farmacêuticas")
entre o folhetim de quase caça às bruxas Watergate Tuga...

é promulgada a lei
sem alarido
(vinha do porto num carro conduzido por uma grávida com uma barriga linda, quando oiço a notícia na rádio)

Se o PR fosse quem devia ser, teria sido mais firme no exercício do seu poder.
(obrigada pelo texto sereno e certo que leio aqui)
Se o PSD fosse o que dizem que devia ser, ter-se-ia afirmado pelo não.
Se o PS fosse o que deseja ser, não se teria afirmado.

no meio disto tudo, o cor-de-rosa convida-me...
eu, que sempre gostei de rosas vermelhas paixão.

será que ser católico permite ser transversal na política?

6 comentários:

Anónimo disse...

Será que quem elegeu José Sócrates sabendo que ele tinha na sua agenda o referendo ao aborto (aliás, uma das suas bandeiras na campanha eleitoral), não tem também responsabilidades no desfecho desta lei?
«Será que ser católico permite ser transversal na política?»

joaquim disse...

Cara Milene

Muito obrigado pela referência.

Já respondi ao comentário lá no "meu" canto.

Abraço em Cristo

milene disse...

será que elegendo o psd estaríamos a salvo de um problema que (como insistimos em dizer) não era político (mas que foi usado, por todos, como tal)?

e falo de consciência tranquila... não votei ps precisamente por causa do aborto
... mas será que é impossível um socialismo católico hoje?

Anónimo disse...

Eu não disse que o problema "referendo ao aborto" se resolvia elegendo o candidato do PSD. Até porque Santana Lopes não pôs de parte a realização de um referendo caso vencesse as eleições.

A pergunta que fiz (não apenas, mas também para a Milene), fi-la porque se estão a tentar inputar culpas ao Presidente da República quando nesta situação ele pouco ou nada podia fazer.

E todos sabemos que mesmo que ele devolvesse a lei à Assembleia da República estaria apenas a adiar o inevitável.

Para mim ficou claro que seria esta a lei que íamos ter, a partir do momento em que a AR teve carta branca para legislar a partir do resultado do referendo, estando os defensores desta lei em clara maioria na mesma AR.

Será correcto em democracia o PR vetar uma lei ratificada pela maioria da AR e pela vontade expressa do povo português em referendo, por uma questão de convicção pessoal?
Por mais que me custe fazer esta pergunta, ela parece-me legítima...

P.S.: Para que fique claro, eu votei em branco nas últimas legislativas e "não" no referendo.

milene disse...

o anónimo pode deixar nome que é sempre mais simpático e a minha pessoa não costuma morder! :)

"Será correcto em democracia o PR vetar uma lei ratificada pela maioria da AR e pela vontade expressa do povo português em referendo, por uma questão de convicção pessoal?"


mas o PR não tem hipótese de vetar (mesmo que politicamente falando fosse voltar as luzes para ele, coisa que não lhe agrada)?

sim, a lei é de uma bancada PS e aprovada à esquerda (e pontos de direita) mas parece-me que, com a abstenção verificada e com algumas contradições ditas pelo sim durante a campanha e no próprio dia dos resultados, ele poderia ter vetado uma primeira forma da lei e as mensagens que fez chegar a título informativo terem sido mais "obrigatórias".

foi mais nesse sentido que falei no PR, não no sentido da convicção pessoal...

mas eu sou leiga em política! :)

milene disse...

depois da confissão propriamente dita - com recomendações misericordiosas para a alma e corpo - arrisquei-me a pedir um esclarecimento num oratório lisboeta preconceituosamente de direita...

comentários:
"não vejo qual o problema?"
"não há problema moral de colaborar no bem com o ps, desde que se cumpra a doutrina"
"o problema do ps é que, como grupo, tem defendido ideias contra a doutrina..."
"mas tem vários independentes que fazem um bom trabalho, como a D. Matilde Sousa Franco"
"experimenta"

e pronto, ir com o coração e razão alertas... e mãos à Obra!
:)