segunda-feira, junho 28, 2004

impressões: escrita-pintura

IV
HORAS MORTAS
(...)

E eu sigo, como as linhas de uma pauta
A dupla correnteza augusta das fachadas;
Pois sobem, no silêncio, infaustas e trinadas,
As notas pastoris de uma longínqua flauta.

Se eu não morresse, nunca! E eternamente
Buscasse e conseguisse a perfeição das cousas!
Esqueço-me a prever castíssimas esposas,
Que aninhem em mansões de vidro transparente!

(...)

in O Sentimento de um Ocidental, Cesário Verde


se eu morresse, hoje! E eternamente
encontrasse e estivesse na Perfeição


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