quarta-feira, junho 30, 2004

só mais um!

só mais um jogo a ganhar...
ai
:)

PORTUGAL!!!

segunda-feira, junho 28, 2004

impressões: escrita-pintura

IV
HORAS MORTAS
(...)

E eu sigo, como as linhas de uma pauta
A dupla correnteza augusta das fachadas;
Pois sobem, no silêncio, infaustas e trinadas,
As notas pastoris de uma longínqua flauta.

Se eu não morresse, nunca! E eternamente
Buscasse e conseguisse a perfeição das cousas!
Esqueço-me a prever castíssimas esposas,
Que aninhem em mansões de vidro transparente!

(...)

in O Sentimento de um Ocidental, Cesário Verde


se eu morresse, hoje! E eternamente
encontrasse e estivesse na Perfeição


domingo, junho 27, 2004

aviso à navegação

falem com os velhotes sozinhos
ou melhor
mostrem-se disponíveis para os ouvir

quem não quer ser ouvido?

uma de algumas prendas

Butterfly
Música: Nuno Gonçalves, Letra: Sónia Tavares
The Gift


It happens when I don't believe the world around
It makes no sense when you forget and turn around
Am I good, am I bad
Did I fail
So I don't understand
Is it me
Is it us
Am I fat?
It's my cat
Butterfly, butterfly, butterfly, butterfly
Butterfly she's flying so high, she's flying so, she's flying so high
Lay down, here by my side
Lay down, I don't want to fake or hide
Lay down, here by my side

Film

Meus Senhores

Decidam-se e depois deixem o povo decidir.

Não faz sentido (mas será que faz sentido a alguém??) que esteja à frente do Governo uma personagem em que não votámos. Não estamos nós em democracia? Ou o Governo é uma associação mínima que se gere no circuito familiar dos amigos e conhecidos??? (se calhar..)

vamos a votos!

quanto ao Durão... é preciso pensar Europa, debilitada ou não
(seria interessante reflectir porque a achamos debilitada, agora que até tem uma Constituição Europeia, sem menção do cristianismo, mas uma Constituição!!?)

Nos jogos psicológicos, justificamo-nos mais, analisamo-nos mais quando estamos mais susceptíveis, será?
Nos jogos psicológicos esquecemos tudo o que não temos certo na nossa mão.. não interessa!


é preciso pensar Europa
e amar muito Portugal! Sempre!

Pedro Homem de Mello

Ascensão

O desejo é tudo!

Até na matéria
Dum corpo cinzento
Paira a graça etérea
Do seu movimento.

As rochas do monte
Ficaram metade
Além do horizonte...

Toda a majestade
Da sua atitude
Não passa de peso que não nos ilude.

E qunato mais alto nos podem falar
As ondas que ficam lá em baixo, no Mar!

reflexo

vinha no carro a pensar..

a Lua vai meia a crescer?

a crescer...

e crescer dói


crescer rasga
perdemos ilusões
ficamos estáticos?

... que eu não cresça, que eu não cresça, que eu não cresça NUNCA!
ou então que cresça de vez!
nunca no meio do incerto

sábado, junho 26, 2004

quase parece

quase parece que só escrevo ao sábado

nesta semana houve impressões que deram uma fúria de escrever
(nota em rodapé: comprar caderno, não um qualquer, mas daqueles de páginas grossas)

mas as fúrias são assim... momentâneas!

terça-feira, junho 22, 2004

a explicação

IHS

frase paradoxal:

nunca fez sentido na dimensão humana
no mistério o mistério, ou sufocamos, ou fugimos
do Verbo só no mistério da Acção
Encarnado Acção concreta, Acção real e realmente presente entre nós,
Acção que é Verdadeira Carne mas que não deixa de ser Verdadeiro Mistério

só no mistério do Verbo Encarnado se esclarece o mistério do Homem




tréguas

Hoje é dia de tréguas

Ele fala

*

segunda-feira, junho 21, 2004

é este mesmo!

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

Pessoa, Fernando

levar o absurdo ao extremo
andar sobre uma aresta de gelo
na vertigem de um trapézio de fogo

Viva Portugal

Já há muito tempo que não vibrava tanto com o futebol!

Grande jogo!

Viva Portugal!!!

começar a explicar

“Cristo ensinou-nos (a parábola do bom samaritano), que o Amor ao próximo sobrenatural é a troca da compaixão e da gratidão, que acontece como um relâmpago entre dois seres, dos quais um é revestido daquilo que o constitui como ser humano e o outro é privado disso. Um dos dois é só um pouco de carne nua, sangrento e sem vida na berma da rua, um sem-nome, de quem ninguém nada sabe. Os que passam por aquilo, mal reparam nele e esqueram momentos depois, que nele tinham reparado de todo. Um único pára e dedica-lhe a sua atenção. O que se segue àquilo em actos, só é a reacção automática deste momento de atenção. Esta atenção é criativa.
Porque o amor ao próximo se baseia na atenção criativa, ele parece-se com a genialidade. A atenção criativa consiste nisto, que se está mesmo atento àquilo que não existe. A humanidade não existe neste pedaço de carne sem vida na berma da estrada. O samaritano, que mesmo assim pára e olha, dirige mesmo assim a sua atenção àquela humanidade ausente, e os consequentes actos são prova de que se trata de atenção verdadeira.
A Fé, diz Paulo, é a visão daquilo que não vemos. Neste momento da atenção a Fé está tão presente como o Amor.
O Amor vê o invisível.”


comecei com estas andanças de blog um pouco para experimentar
para além dos blogs do meu amigo Gonçalo
(incrível como acabo por me incluir nesse grupo ao qual digo não pertencer.. uma lacuna no vocabulário português, será?)
e de outros meus conhecidos
foi quando comecei a ler o blog Terra da alegria que a vontade de experimentar falou mais alto

este texto de Simone Weil (autora que reconhecidamente não conheço, mais um argumento da minha ignorância)
este texto termina com uma frase bombástica!!
mas, ao contrário de Lutz, tenho vontade de pegar nele de forma diferente..(não sei se o farei)

afinal, ao contrário dele, afirmo-me crente

sábado, junho 19, 2004

laços

o dia vai mais bonito agora

não me atiro da janela
nem me deixo atrair para o abismo do pórtico partido

eu
gaiata
dou graças a Deus
porque Ele me dá manos e manas
que teimam em ter-me por perto.

de repente
a vida às vezes faz sentido.

o essencial é invisível aos olhos


(ainda bem)

Pessoa, Fernando

Autopsicografia

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem.
Não as duas que ele teve,
Mas só as que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

_____________________________________________________

(18-9-1933)

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.



a lógica do absurdo

ando a pensar coisas absurdas
e penso-as demasiado
eu sei

se o que comunico é declamado
se se declama o que não é nosso
então o que digo não é meu

se a comunicação é a forma de dar a conhecer o pensamento
se o que comunico não é meu
então o pensamento que dou a conhecer não é meu

se afirmo que escrevo como penso
se escrevo como quem declama
então penso declamações

e é nesta altura que uma voz supostamente sensata diria

pensas demasiado às 9h30 de sábado

no outro dia

na passada 3a (dia 15)
na passada 3a disseram-me simpaticamente
como quem está a pontos de me bater

escreves bem
sabes que escreves bem
... mas não me soas!


o que faz com que este projecto de blog
adquira um sabor amargamente irónico!

Se não SOA o que escrevo
não faz sentido escrever, certo?
(a lógica matemática onde o meu pensamento gosta de descansar)

...pena ser teimosa

bom dia! 9.15 no CEDIME

hoje custou sair da cama

apesar da dose de cafeína matinal, parece que os olhos ainda não estão felizes por estarem abertos..

ontem foi um dia que se pretendia bonito, na questão das prioridades, ontem era o dia do Coração.
o meu às vezes é bem gelado
mas não a ponto de, se lhe batessem, partir-se em pedaços
infelizmente
fico ainda naquele semi-frio sem consistência
e, como o Outro, irritam-me as coisas mornas

estou sozinha no palacete da ANF
(na minha sala, uma das janelas dá para S. Tiago)
tenho à minha espera
1. interacções entre anticoagulantes e plantas
2. interacções entre estatinas e fibratos
e os simpáticos telefonemas das pessoas que me vão ligar

segunda-feira, junho 14, 2004

sábado de arraial

uma alegria de manhã uma profunda tristeza à noite..


ao sábado de manhã, quando entro às 10h no CEDIME, dá mesmo tempo de ir à missa na Igreja da Encarnação, às 9h30.

pouca gente... mulherio.
mas Eucaristia é sempre bom.

CEDIME sem TV para ver o jogo, trabalho que não mata mas mói.. (actualmente, rever as interações entre as "inofensivas" plantas e os anticoagulantes)

saio às 19h
compro mangerico no Largo de Camões e não olho o banco
sigo chiado abaixo

telefonema- jantar?
ao pé do Panteão

atravesso baixa
não há eléctrico
ando e pergunto aos meus queridos polícias que tanto gostam de me multar qual o caminho para o panteão

sigo a linha do eléctrico
entro na Igreja de Sto António
(casava aqui?
eu garanto que não olhei o banco!)
granel, barafunda!!!
mas Ele lá está
e eu sigo a rezar o terço
ups!
a seguir a linha do eléctrico

cheira-se na rua a sardinha assada
ouve-se música
(e a parvoíce da música brasileira, very tipical, certamente!!!)
muitas bandeiras, muito vermelho e verde
mas n se toca no assunto tabu
n queremos entrar em depressão outra vez
(e eu n olhei o banco, sério!)

duas voltas ao panteão
a menina siga a rua dos remédios
qual?
do outro lado
olhe desculpe..
ah! é do outro lado
desce a calçada do gascão (?),
segue a rua dos remédios, segue e chega ao largo do vigário

sigo
e chego
e janto uma bifana
(-esta geração que não gosta de caldo verde, sardinhas e bacalhau..
-mas eu só dispenso sardinhas.. n sejamos injustos)
uma bifana no pão
seguimos
e sigo

coleccionar piropos
(coleccionar piropos?)
- temos de ir a sto antónio
-casar? e pela Igreja?? bah!
(casar?)

seguir pela esquerda qdo nos gritam "pela direita"
voltar atrás.. afinal era mesmo pela direita
bater palmas com técnica
chegar ao pátio onde está uma marcha para sair
"viva alfama!!"
"credo, menina, qual alfama! aqui é s. vicente!"
viva sto antónio

seguir a marcha
de chinela no pé
mão na anca

já chega
castelo connosco

já chega
descer para a Sé,

telefone
não não vou

descer a baixa
descer junto ao rio
ver o rio por dentro
atravessar o rio com um rio cá dentro

ver uma mulher atropelada
acompanhada
e este maldito rio que teima em não parar!

eu não olhei o banco
e não foi por o olhar (se o tivesse feito)
que este rio parava.

o rio corre só..
e às vezes não precisa de motivo para correr




domingo, junho 13, 2004

13 de Junho

- parabéns à França (que reviravolta espectacular!)


- que os deputados eleitos TRABALHEM e que o façam de forma ética e responsável, defendendo a dignidade da vida humana (o meu grande medo)!

- que se faça finalmente política de outra forma.. foi uma campanha suja e pouco esclarecedora

- que o nosso povo venha a crescer no exercício dos seus deveres

e Santo António de Portugal? (que ele é nosso!)



nasce Fernando em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195...
morre António em Pádua, em 1231

teólogo, pregador contra os hereges, franciscano
canonizado um ano após a sua morte
Doutor da Igreja


Culto de Santo António, em Portugal
(...)
O povo tomou para si este Santo, que se tornou, no século XVI, o Santo Nacional dos Portugueses, mas moldou-o às suas próprias necessidades.
Aparece nos altares das Igrejas com diversos atributos:
protector da cidade, das casas e das famílias,
advogado das almas do purgatório,
advogado dos bons casamentos,
protector dos animais,
fazedor de milagres,
advogado dos objectos perdidos,
ajudante dos que combatem,
curador dos doentes,
protector dos náufragos,
aquele que livra os homens das tentações demoníacas.
(...)
adaptado de
Paula Ramos, in Família Cristã
Junho | Agência Ecclesia| 13/06/2004

moldado às necessidades do povo
... que só se esquece do que/ de Quem ele pregava!

sexta à noite - uma ida ao teatro

para quem não sabe, até gosto do pouco que conheço de Dostoiewsky, tem personagens bem marcadas - recomendo os Irmãos Karamazov..

fui ao Teatro de Almada com o Vale de Acór (obrigada!), ver a adaptação a teatro de um dos romances deste russo.

apreciação? boa encenação, actores assim assim, mas teatro é sempre uma experiência diferente!

fica uma referência


«O Jogador», de Fiodor Dostoiewsky

Teatro Municipal de Almada

19-05-2004 a 27-06-2004
4ª-Sab: 21h30; Dom: 16h00
Entrada: EUR 13,00 / EUR 7,00 (<25, >65)
Companhia de Teatro de Almada (CTA)


O Jogador
Fiodor Dostoiewsky

«O Jogador» é o mais pequeno e apaixonado dos romances de Dostoiewski, para além de apresentar características que permitem uma adaptação singularmente eficaz ao teatro.
Nesta obra, o autor criou um conjunto de personagens que retrata uma aristocracia que, na segunda metade do século dezanove, deambulava pela Europa em estâncias e termas de luxo onde a principal forma de divertimento eram as salas de jogo. «O Jogador» é, também, um auto-retrato do vício obssessivo de Dostoiewsky pelo jogo, bem como da relação extraconjugal que manteve com Polina Suslova, que surge na peça como amante do protagonista. Aleksey, o jovem tutor russo de uma família aristocrática decadente, é o herói desta obra: um jogador que - ao contrário dos restantes europeus, que jogavam para acumular riqueza - joga pela necessidade poética do risco, do desafio ao destino, da inquietude romântica como revolta à impossibilidade do amor. A acção desenrola-se numa estância de férias localizada na cidade alemã de Ruletenburg e gira em torno do casino.
Esta produção usa oito personagens principais onde as relações entre elas são agudas, complexas e envolventes, apresentando diferentes combinações e conflitos de interesse.


em atraso.. 10 de Junho

no dia, bem comecei a escrever mas.. sem proveito (hj é apenas uma reflexão).

um pouco inevitável - o bicho homem tem essa tendência de sistematizar.

exemplo. em cima de um dia comum - por exemplo, o dia 21 de setembro, banal na minha vida até 98 - nesse ano adquiri um sabor amargo (o dia em que não entrei em medicina) mas no ano a seguir, passa a ser para mim o aniversário do meu querido amigo Fausto.. e, em 2000, ano em que comprei um instrumento de oração que se chama Breviário da Liturgia das Horas, percebi que era festa de são mateus.

escala actual:
2º- festa de s. mateus
1º- aniversário do Fausto


...10 de Junho de 2004?
2º- dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
1º- festa do Corpo de Deus

bem, para muitos (basta olhar à volta), o que interessa é termos mais um feriado!

... carpe diem?
dar a cada dia o seu sabor. viver cada dia no sabor que ele nos dá.

;)

quarta-feira, junho 09, 2004

experimentar...

IHS

um pouco para experimentar..
um pouco porque gosto de escrever..

o nome? (haverá quem pense "mesmo à milene..")
a seu tempo a explicação.