terça-feira, novembro 01, 2005

no mês do Rei



foi ganhando peso na minha vida
crescendo
como uma missão entregue:
nasci no fim, e agora?
na lógica absurda
no fim procurar o infinito
este coração pequeno
com desejos fortes que o rasgam
tenta rasgar-se ainda mais
quase violentamente
excessivamente!
quando me olhas com desejo
de quem me espera desde sempre

mês da urgência de olhar pela memória
não pela janela onde me debruço demais
mas através da porta por onde quero entrar
oiço a festa no outro lado:
ainda não participo plenamente
mas sou chamada, no mistério.

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