domingo, outubro 09, 2005

Pedro e Inês



Inês de Castro

Inês de Castro
Antes do fim do mundo, despertar,

Sem D. Pedro sentir,
E dizer às donzelas que o luar
E o aceno do amado que há-de vir...

E mostrar-lhe que o amor contrariado
Triunfa até da própria sepultura:
O amante, mais terno e apaixonado,
Ergue a noiva caída à sua altura.

E pedir-lhes, depois fidelidade humana
Ao mito do poeta, à linda Inês...
À eterna Julieta castelhana
Do Romeu português.

Miguel Torga

(...) Não se espere porém que Olga Roriz nos proponha uma narrativa linear, tendo antes optado por uma leitura estilhaçada, com uma multiplicação das personagens e dos pontos de vista, procurando alcançar um clima onírico violento (...).
A obra surgirá aliás em coerência com anteriores criações de Olga Roriz, que explorou com uma gestualidade de cariz expressionista a conflituosidade implícita nos amores fatais, quando os corpos reinventam em movimentos dolorosos as emoções que deles travasam.(...)
José Sasportes



... apaixonante! belo, intenso e apaixonante!
começo a gostar muito da Companhia Nacional de Bailado

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