Julio Pomar, D. Quixote e os carneiros, 1963
Não me incomoda ser um cavalo, sobretudo agora que posso pastar livremente, sem que já nada me atormente, a não ser a memória, pelas verdes pastagens da eternidade; do que eu nunca gostei, e ainda não gosto, é de cavaleiros andantes, ou antes, cavalgantes, pois quem realmente andávamos éramos sempre nós. (...)
Perguntais-me se tenho visto D. Quixote? Não, raramente vejo o senhor Quixote, e só de longe. (...) Eu, Rocinante, quero apenas pastar em paz.
José Eduardo Agualusa, 2005
(pela Companhia Nacional de Bailado, um bailado clássico actualizado, com técnica incrível, cenários de cores fortes, para uma história de (des)sonhos)
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