segunda-feira, janeiro 16, 2006

Banda sonora



A Casa
Rodrigo Leao & Adriana Calcanhoto

Sentir de novo
aquela dor
a pouco a pouco respirar
aquele amor que foi
vivido e esquecido
em segredo

como ninguém

Perdoar
como perdoar
há tanto tempo que eu queria mudar
queria voltar
Acordar
deixar o dia passar devagar
assim ficar

Sentir de novo
aquele amor
a pouco a pouco consolar
aquela dor que foi sentida e sofrida
em silêncio

Chegar de novo
sentir o amor
voltar a casa sem pensar
deixar a luz entrar
esquecer aquela mágoa
sem ter medo

como ninguém

Encontrar
poder encontrar
todas as coisas que eu não soube dar
saber amar
Perdoar
saber perdoar
há tanto tempo que eu queria mudar
queria voltar
Aceitar
deixar que o tempo te faça voltar
saber esperar



em Alma matter, Rodrigo Leão.. belo!

para ajudar a esquecer a casa de sonho.. :)

domingo, janeiro 15, 2006

Hoje é domingo

Foto de detalhe da porta de igreja românica em S. Pedro das Águias...
... a lembrar o verão e uma primeira experiência de acampamento

«Eis o Cordeiro de Deus!»
Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus. Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi que quer dizer Mestre onde moras?» Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.»

Evangelho segundo S. João 1,35-42

sexta-feira, janeiro 13, 2006

cidade de ausências


Falta-me
de Cláudia Varejão
20’ Portugal 2005

Na turbulência da vida urbana acontece-nos esquecer ou subestimar coisas que nos fazem falta, ausências que nos suspendem, adiam ou até que nos magoam. Este documentário pede a cerca de uma centena de habitantes da área metropolitana de Lisboa que escrevam numa ardósia o que mais lhes faz falta. São respostas de pessoas de vários extractos sociais, de diferentes idades e com actividades diversificadas, que acabam por compor um retrato íntimo da sociedade portuguesa contemporânea.


recebeu Menção especial 1ª obra, no docLisboa
interessante manta de retalhos das faltas silenciosas gritadas numa ardósia.
numa visita à Videoteca Municipal de Lisboa


o que me falta?

esforço

...para corrigir relatórios, depois da hora de almoço aproveitada para ir à exposição no museu do chiado, "O olhar Fauve" - na descoberta da cor e de algumas "pinceladas curtas".

Matisse. Portrait de Bevilacqua, 1905

(faltou o estudo prévio do movimento fauve... mas parece-me que gosto mais dos expressionistas alemães)

...para corrigir depois de fugir entre caminhos curvos até ao mar.



foto de um por-do-sol difícil, na praia

quinta-feira, janeiro 12, 2006

A alegria

Não abandones a tua alma à tristeza,
não te atormentes a ti mesmo nos teus pensamentos.
A alegria do coração é a vida do homem,
e a alegria do homem é a sua longevidade.

Anima a tua alma e consola o teu coração
e afasta a tristeza para longe de ti,
porque a tristeza faz morrer a muitos,
e não há utilidade nela.
A inveja e a ira abreviam os dias,
e a inquietação faz chegar à velhice antes do tempo.
Um coração bondoso está num contínuo festim,
quanto come lhe aproveita.


Eclesiástico 30, 21-25

domingo, janeiro 08, 2006

Epifania

Emil Nolde, Os três magos (Die Heiligen Drei Konige), 1913
(foto tirada numa exposição sobre os 100 anos Die Brücke em Berlim, Agosto 2005)


Sigamos os Magos, deixemos os nossos costumes pagãos.
Partamos! Façamos uma longa viagem para vermos Cristo.

S. João Crisóstomo


Olhai benigno, Senhor, para os dons da Vossa Igreja, que não vos oferece ouro, incenso e mirra, mas Aquele que por estes dons é figurado, imolado e recebido em alimento, Jesus Cristo, Vosso Filho.

Oração sobre as Oblatas



Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.

Mt 2, 1-12


altura de partir e oferecer e procurar novo caminho.. ao mesmo tempo os 3 gestos.

sábado, janeiro 07, 2006

de bailados encontrados

D. Quixote (no Teatro Camões)


Julio Pomar, D. Quixote e os carneiros, 1963

Não me incomoda ser um cavalo, sobretudo agora que posso pastar livremente, sem que já nada me atormente, a não ser a memória, pelas verdes pastagens da eternidade; do que eu nunca gostei, e ainda não gosto, é de cavaleiros andantes, ou antes, cavalgantes, pois quem realmente andávamos éramos sempre nós. (...)
Perguntais-me se tenho visto D. Quixote? Não, raramente vejo o senhor Quixote, e só de longe. (...) Eu, Rocinante, quero apenas pastar em paz.

José Eduardo Agualusa, 2005

(pela Companhia Nacional de Bailado, um bailado clássico actualizado, com técnica incrível, cenários de cores fortes, para uma história de (des)sonhos)

de exposições não previstas




Helena Almeida, Dias quasi tranquilos, 1985


Construir Desconstruir Habitar (no CCB)

De facto, Helena Almeida atribui uma enorme importância à influência que sobre ela exerceu o trabalho de Fontana, havendo uma interessante correspondência entre a ideia de interior/exterior presente no trabalho daquela artista portuguesa e o dentro/fora do próprio espaço pictórico que Fontana tematizou


(na falta dos quadros presentes na exposição, ficam os links e um exemplo das respectivas obras...)

Lucio Fontana, Concepto espacial, 1959

Esta semana...

... que passou começou num fim e terminou em regressos
... teve castelos e habitações
... viu danças e heróis
... sentiu abandono e companhia

sim, nesta semana que passou regressei à solidão.
mas o Mistério nunca me abandonou.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

qualquer coisa que escrevi ainda em 2005

Barco

Imundo, sentado no banco
ouvir os sons com brilho
encardido do tempo
joão é um homem velho
e sujo da vida.

Amo-te muito, meu querido
começava assim a folha amarela
que trazia segura nas mãos
religiosamente nas mãos
dobradas do uso.

João não tremia no ler
mas um brilho passava
do papel apressado
do papel não estragado
da amante amada.

no voltar a folha
ia perdendo o ar sério
gosto muito de ti, gosto
na lista interminável
de defeitos escondidos.

Apita o barco da entrada
joão dobra a folha amarela
dobra o gostar de alguém
mas sorri..
e só eu e ele sabemos porque o faz.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Leitura do dia

... sobre uma coincidência de desertos a serem atravessados

No momento seguinte percebeu do que se tratava: eram as trombetas de Tashbaan a tocar para fechar as portas. «Não sejas um cobardezinho palerma», disse com os seus botões. «É apenas o mesmo ruído que ouviste esta manhã.» No entanto, há uma grande diferença entre um ruído que se ouve quando se está com amigos de manhã e um ruído que se ouve sozinho, ao cair da noite, e nos deixa de fora.

in Lewis CS. As Crónicas de Narnia - O Cavalo e o Seu Rapaz

terça-feira, janeiro 03, 2006

Banda Sonora de início de ano

I want to run I want to hide
I want to tear down the walls that hold me inside
I want to reach out and touch the flame
Where the streets have no name

I want to feel sunlight on my face
I see the dust cloud disappear without a trace
I want to take shelter from the poison rain
Where the streets have no name

Where the streets have no name
We're still building then burning down love
And when I go there I go there with you
It's all I can do

The city's aflood and our love turns to rust
We're beaten and blown by the wind trampled in dust
I'll show you a place high on a desert plain
Where the streets have no name

... parece-me que alguma coisa vai mudar ...