(nas costas de um inquérito sobre qualidade..)
Parece que às vezes é complicado
entre o estar e o não estar
entre o toque e a ausência
estar naquele ponto
tempo e espaço
e não tempo e não espaço
estar naquele suposto ponto do suposto equilibrio
ou da suposta paz.
Mas a paz é passageira,
esta pelo menos,
quando ainda não estou
completamente
totalmente
assente
com os pés no essencial.
Sem o eixo
sem a referência
(terão de ser duas, senão baloiça e baloiça
um lindo baloiço com duas crianças
ao menos não são dois adultos
seria ridículo!)
sem os dois referenciados
ao mesmo nível
da suposta estabilidade contínua.
Sem o eixo
central, que une dois pontos
sem o eixo essencial
ainda é difícil aquela paz que joga para sempre.
O mundo rasga-se
- sou só eu afinal, mania a minha -
que o véu se rompa
- que assim o seja sempre -
mas ainda não é tempo de paz
daquela deixada por quem não nos deixou
(não me deixaste à espera naquele tempo e espaço?
agora larga-me!
...ou prende-me
mas rápido e sem lugar!)
Chegaremos a esse dia
em que marcamos nas nossas vidas
o sabor (gosto e olfacto)
o sabor do sal
o sabor do "até que.."
até que um dia sejamos entregues nas mãos de quem não nos prende.
até esse dia
forço-me a esperar.
terça-feira, abril 26, 2005
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