(...) Damiel não precisa de «conquistar» Marion. É ela que se rende a este desconhecido com aspecto deslumbrado e bondoso: «Finalmente é a sério. Significa que estou mais velha. Seria eu a única que não levava estas coisas a sério? Ou será o nosso tempo que não é sério? Nunca estive sozinha. Nem quando estava só, nem quando estava acompanhada. Mas era capaz de matar para estar finalmente sozinha. A solidão significa que finalmente sou uma pessoa inteira. Agora posso dizer isto porque finalmente estou sozinha. Não há mais coincidências. A lua nova da decisão. Não sei se o destino existe, mas a decisão existe. Decide. (...) Tu precisas de mim. Tu vais precisar de mim. Não há história maior que a nossa. A história do homem e da mulher. Será uma história de gigantes. (...) Ontem sonhei com um estranho. Com o meu homem. Só com ele posso ser sozinha. (...) Só com ele me posso abrir completamente, acolhê-lo completamente em mim. (...) Eu sei que és tu.» (...)
a partir de Pedro Mexia (que encontram aqui), texto transcrito da colectânea de crónicas "Nada de Melancolia": O Anjo da Guarda (a partir do filme "As Asas do Desejo", de Wim Wenders)
domingo, junho 14, 2009
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