quarta-feira, maio 28, 2008

ponto de situação - a fé

entre abril e maio, em revisão

depois da peregrinação [ao cabo espichel], vim para casa:
- primeiro boleia
do Sr. Bispo até à corredoura, depois do Diácono Rui até azeitão, voiture da
milene inteira e sem multa, regresso a casa, banho (que bom!), jantar e...
preparar a mala para segunda de manhã viajar até liverpool
(...)
mas
o que ficou desta semana? agora que paro, ficou a caminhada do fim-de-semana
passado:
- estarmos uns com os outros, estarmos entre amigos e irmãos na fé,
entre alegria e correcções fraternas, na simplicidade de ir caminhando entre
sítios tão bonitos (a arrábida é bela!)
- estar com os meus amigos da amora -
em grande! são os maiores! - mas também com tantos outros, alguns deles que
nunca tinha tido oportunidade de conversar um pouco melhor
- estar mais
para o final na fila das idades e perceber como somos testemunhas de Cristo
uns para os outros (não é só no mundo!)
- estarmos com o Bispo, que nos
surpreendeu ao querer conversar connosco (mesmo!), querer saber de nós,
perceber que ele nos quer unidos, porque a união é sinal de que somos de
Cristo e porque o sinal físico da união (sermos muitos) dá-nos ânimo, dá-nos
esperança e coragem para irmos até onde somos poucos! (por exemplo, até
liverpool)

Sim, foi muito bom!


«sempre foste "religiosa"?»
recordo o que disse aos miudos do retiro de profissão de fé:
- se não tivesse dito com a consciência dos 14 anos que acreditava (e que
queria acreditar)
- se não tivesse pedido do fundo do coração que o Espírito me animasse
quando fui crismada,
- se a experiência das jornadas mundiais em roma2000 não tivesse sido tão
acutilante
- se não tivesse tido tantas pequenas revelações de Deus na minha
vida
não estaria em Igreja hoje
mais (que não disse aos miudos)
- se a fé não tivesse estimulado a razão,
- se a esperança não tivesse treinado a atenção
- se a caridade não dilatasse o meu coração
seria eu ainda católica?


... apesar do cansaço e do vazio...

segunda-feira, maio 05, 2008

2008-04-25, no terraço

ponto de situação - a cultura

abril foi mês de voltar a mergulhar na cultura, culpa de tomar café com o João - já andava a precisar!

ver se não me esqueço de nada...

rock 'n' roll (de Tom Stoppard) no teatro aberto
peça difícil (noto que o teatro puxa mais por mim), em torno do comunismo nos tempos de hoje, vista sob dois prismas: cambridge e praga, de 68 à decada de 90 - com a banda sonora rock da época. beatriz batarda e paulo pires em grande!

Sinopse: Em Rock 'n' Roll, peça estreada em Junho de 2006 no Royal Court Theatre em Londres, os anos de 1968 a 1990, do movimento estudantil à queda do Muro de Berlim, são apresentados de uma dupla perspectiva: a partir de Praga, onde uma banda de rock 'n' roll se torna um símbolo de resistência ao regime socialista, e a partir de Cambridge, onde o amor e a morte marcam a vida de três gerações da família de um filósofo marxista.
(a partir de http://www.teatroaberto.com/)

a banda sonora pode ser cuscada aqui http://www.rocknrolltheplay.com/soundtrack.php

um filme no auditório do seixal - Jogos de Poder - com a sandra
filme interessante, irónico, sobre o poder e a estratégia para os negócios estrangeiros dos EUA.
grandes actuações de Tom hanks e Julia Roberts (mas sem ultrapassar as melhores, parece-me)

a temporada de filmes Indie 2008 - como descrever? acho que escolhemos mal!
no 25Abril:
à tarde - filme sobre a indústria textil na China, na relação das pessoas com a criação de roupa: em massa anónima, criativa e individual(ista), ou ajustada às necessidades rápidas de alguém conhecido? interessante mas monótono
depois esplanadar num terraço escondido de lisboa (lindo!)
à noite - documentário sobre os Joy Division e Manchester: negro, realista, sobre abismos e quem anda à beira dos abismos dos outros sem dar conta.. gostei mas naquele sentido contrário de dizer "não é isto que quero" ou "não é isto que acredito"

no 2Maio à noite, sessão dupla:
Import/Export, entre a pornografia/prostituição explícita e a humilhação de idosos, no sujo da miséria humana, personagens principais que lutam por serem livres, felizes e "em harmonia".. devia ter saído nos primeiros 10minutos
Killer of Sheep, sobre a frustação de se ser quem não quer ser, a repulsa pelas pessoas que nos amam, a apatia e indiferença ao que nos rodeia, contrastando com a alegria simples de crianças que brincam na miséria.. gostei mas precisava de qualquer coisa mais esperançosa para terminar bem a noite.

foi um mês em que a cultura provocou em mim um movimento regiano "não vou por aí"