depois da peregrinação [ao cabo espichel], vim para casa: - primeiro boleia do Sr. Bispo até à corredoura, depois do Diácono Rui até azeitão, voiture da milene inteira e sem multa, regresso a casa, banho (que bom!), jantar e... preparar a mala para segunda de manhã viajar até liverpool (...) mas o que ficou desta semana? agora que paro, ficou a caminhada do fim-de-semana passado: - estarmos uns com os outros, estarmos entre amigos e irmãos na fé, entre alegria e correcções fraternas, na simplicidade de ir caminhando entre sítios tão bonitos (a arrábida é bela!) - estar com os meus amigos da amora - em grande! são os maiores! - mas também com tantos outros, alguns deles que nunca tinha tido oportunidade de conversar um pouco melhor - estar mais para o final na fila das idades e perceber como somos testemunhas de Cristo uns para os outros (não é só no mundo!) - estarmos com o Bispo, que nos surpreendeu ao querer conversar connosco (mesmo!), querer saber de nós, perceber que ele nos quer unidos, porque a união é sinal de que somos de Cristo e porque o sinal físico da união (sermos muitos) dá-nos ânimo, dá-nos esperança e coragem para irmos até onde somos poucos! (por exemplo, até liverpool)
Sim, foi muito bom!
«sempre foste "religiosa"?» recordo o que disse aos miudos do retiro de profissão de fé: - se não tivesse dito com a consciência dos 14 anos que acreditava (e que queria acreditar) - se não tivesse pedido do fundo do coração que o Espírito me animasse quando fui crismada, - se a experiência das jornadas mundiais em roma2000 não tivesse sido tão acutilante - se não tivesse tido tantas pequenas revelações de Deus na minha vida não estaria em Igreja hoje mais (que não disse aos miudos) - se a fé não tivesse estimulado a razão, - se a esperança não tivesse treinado a atenção - se a caridade não dilatasse o meu coração seria eu ainda católica?
abril foi mês de voltar a mergulhar na cultura, culpa de tomar café com o João - já andava a precisar!
ver se não me esqueço de nada...
rock 'n' roll (de Tom Stoppard) no teatro aberto peça difícil (noto que o teatro puxa mais por mim), em torno do comunismo nos tempos de hoje, vista sob dois prismas: cambridge e praga, de 68 à decada de 90 - com a banda sonora rock da época. beatriz batarda e paulo pires em grande!
Sinopse: Em Rock 'n' Roll, peça estreada em Junho de 2006 no Royal Court Theatre em Londres, os anos de 1968 a 1990, do movimento estudantil à queda do Muro de Berlim, são apresentados de uma dupla perspectiva: a partir de Praga, onde uma banda de rock 'n' roll se torna um símbolo de resistência ao regime socialista, e a partir de Cambridge, onde o amor e a morte marcam a vida de três gerações da família de um filósofo marxista. (a partir de http://www.teatroaberto.com/)
um filme no auditório do seixal - Jogos de Poder - com a sandra filme interessante, irónico, sobre o poder e a estratégia para os negócios estrangeiros dos EUA. grandes actuações de Tom hanks e Julia Roberts (mas sem ultrapassar as melhores, parece-me)
a temporada de filmes Indie 2008 - como descrever? acho que escolhemos mal! no 25Abril: à tarde - filme sobre a indústria textil na China, na relação das pessoas com a criação de roupa: em massa anónima, criativa e individual(ista), ou ajustada às necessidades rápidas de alguém conhecido? interessante mas monótono depois esplanadar num terraço escondido de lisboa (lindo!) à noite - documentário sobre os Joy Division e Manchester: negro, realista, sobre abismos e quem anda à beira dos abismos dos outros sem dar conta.. gostei mas naquele sentido contrário de dizer "não é isto que quero" ou "não é isto que acredito"
no 2Maio à noite, sessão dupla: Import/Export, entre a pornografia/prostituição explícita e a humilhação de idosos, no sujo da miséria humana, personagens principais que lutam por serem livres, felizes e "em harmonia".. devia ter saído nos primeiros 10minutos Killer of Sheep, sobre a frustação de se ser quem não quer ser, a repulsa pelas pessoas que nos amam, a apatia e indiferença ao que nos rodeia, contrastando com a alegria simples de crianças que brincam na miséria.. gostei mas precisava de qualquer coisa mais esperançosa para terminar bem a noite.
foi um mês em que a cultura provocou em mim um movimento regiano "não vou por aí"