sexta-feira, maio 11, 2007

Páscoa, centro da fé (1)

Nesse dia, já não me perguntareis nada. (…) pedi e recebereis. Assim, a vossa alegria será completa. (cf. Jo 16, 23-24)
O mistério da fé tem dois momentos de anúncio. Cristo morreu por nós e ressuscitou por nós. Experimentou a morte por nosso amor, mostrou-nos o caminho da obediência filial no sofrimento e que esse caminho não termina no absurdo mas na Vida e Vida em abundância. Esse caminho de confiança no Pai deu-nos um sentido para o sofrimento e ensinou-nos a não ter medo da morte mas do pecado. Como nos diz Catecismo, mencionando a Lumen Gentium, “É para isso que nós somos introduzidos nos mistérios da sua vida […], associados aos seus sofrimentos como o corpo à cabeça, unidos à sua paixão para ser unidos à sua glória” (cf. CIC 793).
Se “só no mistério do Verbo Encarnado se explica o mistério do homem”, só a ressurreição do Verbo “mostra o verdadeiro caminho que leva o homem à sua perfeição” e dá-nos razões para a nossa esperança. O Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo e dá-nos a paz. Justificados por Cristo, somos chamados a ser o “homem novo”, a revestirmo-nos de Cristo.
E assim, por Cristo e em Cristo, esclarece-se o enigma da dor e da morte, o qual, fora do Seu Evangelho, nos esmaga. Cristo ressuscitou, destruindo a morte com a própria morte, e deu-nos a vida, para que, tornados filhos no Filho, exclamemos no Espírito: Abba, Pai. (GS 22)


... para não me esquecer do que escrevi...

2 comentários:

Anónimo disse...

E aqui, M? Não tenho a mínima dúvida de que esse caminho não termina no absurdo. Creio que O encontraremos lá em cima e…. Creio em tudo o que a Igreja ensina!
O problema é chegar lá acima. As cicatrizes acumulam-se, no exterior e no interior do corpo. As vezes, basta alguém carregar um pouco onde dói e desatamos a chorar como crianças. Somos tão frágeis…

Isto não é uma confissão de desespero. Eu sei que Ele me ajuda a carregar a minha cruz, como Simão de Cirene o ajudou a Ele. O que não quer dizer que não doa.

Neste momento, precisava de uns analgésicos. A tua especialidade. O que recomendas?

Um amigo anónimo

Dario disse...

sr. anonimo, permita-me sugerir-lhe uma boa dose "sacramental", a graça dos sacramentos opera em nós milagres e são talvez o melhor analgésico de sempre, mas melhor que eu, a 1000n poderá aconcelhar...
Quanto a ti querida amiga, apesar de não te ver há algum tempo, vejo que estás na mesma:) brilhante como sempre:) Que continues sempre a ser muito amiga de Jesus. beijos